Programa CBERS é Destacado em Simpósio de Sensoriamento Remoto

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (30/04) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB), destacando que o Programa CBERS foi destacado em Simpósio de Sensoriamento Remoto.

Duda Falcão

Programa CBERS é Destacado em
Simpósio de Sensoriamento Remoto

Coordenação de Comunicação Social

Foto: Divulgação/AEB
Especialistas participantes da sessão temática
sobre o programa CBERS.

Brasília, 30 de abril de 2015 – A capital da Paraíba, João Pessoa, recebeu no Centro de Congressos do Polo Turístico de Cabo Branco, de 25 a 29 de abril, o 17º Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (XVII SBSR), apontado como o mais tradicional evento nacional na área de sensoriamento remoto.

O simpósio é organizado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), junto com a Associação de Especialistas Latino-Americanos em Sensoriamento Remoto (SELPER).

Como parte da programação, realizou-se na quarta-feira (29) a Sessão Temática: O programa Sino Brasileiro de Satélites de Recursos Terrestres – CBERS, coordenada por João Vianei Soares, do INPE. A sessão relatou um pouco da história do Programa CBERS, dos desafios técnicos enfrentados para desenvolver os satélites e seus instrumentos, das aplicações relevantes de seus dados, e dos desdobramentos da longa cooperação espacial entre Brasil e China.

Antonio Carlos de Oliveira Pereira Jr, também do INPE, fez uma apresentação sobre o processo de concepção dos satélites da série CBERS e outra sobre a proposta para o satélite CBERS-4A, o próximo da série, a ser lançado em 2018.

Completando a visão técnica do satélite, Mário Luiz Selingardi (INPE) detalhou o desenvolvimento das câmaras do CBERS-4, lançado em dezembro último, na palestra intitulada “Do Projeto às Imagens”.

Leila Maria Garcia Fonseca (INPE), por sua vez, fez uma avaliação preliminar da qualidade das imagens das câmaras do satélite, apresentando detalhes técnicos do processo de comissionamento e resultados preliminares do processamento das imagens.

Evlyn Novo e Dalton Valeriano (ambos do INPE), relataram dois importantíssimos casos de aplicação dos dados de satélite. O primeiro sobre o manejo de recursos hídricos, demonstrando como as imagens de sensoriamento remoto podem dar contribuição fundamental para o gerenciamento de médio e longo prazos das bacias hídricas; e o segundo sobre o uso de imagens de satélite, já bastante conhecido do grande público, para determinar a extensão, a localização e as característica dos desmatamentos e degradações florestais na região amazônica.

Evylin e Valeriano, dois profissionais de larga experiência, ajudaram a criar a competência hoje existente no Brasil na área. Suas palestras mostraram que o conhecimento e a experiência são essenciais para extrair dos dados mais do que as imagens mostram num primeiro momento. “Torturamos os dados até que eles contem tudo o que sabem”, concluiu Valeriano, bem-humorado.

Petrônio Noronha de Souza, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), encerrou a sessão traçando um panorama do atual Plano Decenal Sino-Brasileiro de Cooperação Espacial (2013-2022), e dos vários temas de cooperação espacial sino-brasileira.

Ele destacou a proposta para os futuros CBERS-5 e 6, a nova geração de satélites a ser desenvolvida em parceria com a China.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Não há como negar leitor que o Programa CBERS foi um passo significativo para o avanço de empresas brasileiras em algumas tecnologias espaciais, mas também não há como negar que as dificuldades que o Programa teve de enfrentar desde o final da década de 80 (quando então foi assinado este acordo Sino-Brasileiro), muitas das quais por culpa de governos descompromissados subsequentes, prejudicaram sensivelmente os resultados alcançados que ficaram bem aquém do que poderiam. Tanto isto é verdade que após tanto tempo o Brasil ainda não tem tecnologia para construir sozinho um satélite de sensoriamento remoto do porte do CBERS. Apostar num plano espacial decenal consistente e sério com a China num universo de falta de compromisso governamental como este que vivemos a mais de duas décadas é vender fantasias para ingênuos que ainda acreditam nesses energúmenos de plantão. Ora, faça-me uma garapa.

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