Os Russos Chegam Amanhã, e Agora Dona DILMA?

Caro leitor!

Amanhã dia 19/02, chega ao Brasil uma comitiva russa liderada pelo premiê Dmitri Medvedev, e entre eles estará à cúpula diretiva da Agência Espacial da Federação Russa (ROSCOSMOS), que segundo foi anunciado vem ao Brasil para inaugurar uma estação do Sistema de Monitoramento e Correção Diferenciada integrante do Sistema de Navegação Global por Satélite (GLONASS), que ficará localizada na Universidade de Brasília (UnB).

Ora leitor, sinceramente não acredito que a inauguração de uma simples estação como essa seria motivo suficiente para deslocar o diretor da ROSCOSMOS e sua cúpula diretiva ao Brasil, mesmo sendo essa estação a primeira do Sistema GLONASS a ser inaugurado fora do território russo.

Assim sendo, ou os russos foram chamados ao Brasil para negociar acordos, ou por iniciativa deles estão chegando com o intuito de tentar assinar acordos espaciais com o desastroso Governo DILMA ROUSSEFF.

Em nossa opinião se houver seriedade as possibilidades são enormes nas áreas de educação, satélites e sondas espaciais, ciências espaciais, tecnologias críticas, foguetes, eventos educativos e de ciência e tecnologia, missões espaciais conjuntas em ambiente de microgravidade, só citando alguns exemplos. É só identificar quais são as oportunidades listando-as para notar que são altamente benéficas para o país, já que a grande experiência russa no setor espacial pode ajudar e muito o desenvolvimento do nosso Programa Espacial. Mas fica a pergunta: Será que a presidente DILMA ROUSSEFF terá interesse?

Bom leitor, posso citar aqui a MISSÃO ASTER, que está sendo desenvolvida numa parceria entre 13 instituições brasileiras lideradas pelo INPE com o Instituto de Pesquisas Espaciais (IKI) da Rússia que poderia ser beneficiada por essa visita.

Além disso, o próprio projeto do motor-foguete líquido L75 que está sendo desenvolvido no IAE também poderia ser beneficiado, já que em breve ele necessitará ser testado em um banco de provas que ainda não existe no Brasil, sendo uma negociação para testá-lo na Rússia não só desejável como necessária.

Também não podemos esquecer o 3º Anuncio de Oportunidades (3º AO) do “Programa Microgravidade” da Agência Espacial Brasileira (AEB), lançado em 21/11/2006, que previa em seu Anexo II o Experimento Orbital (EXO), que visava o lançamento de experimentos brasileiros para serem testados a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), sendo que o seu transporte seria realizado por uma espaçonave Soyuz. Acontece que essa segunda fase do 3º AO não foi até hoje realizada (a primeira foi a “Operação Maracati II”, realizada de Alcântara em 2010 através de um foguete VSB-30), e essa seria uma boa oportunidade para se resgatar essa missão.

Entretanto, como disse as oportunidades são enormes, por exemplo:

Na área de educação porque não realizar um Spacecamp com estudantes russos e brasileiros do ensino básico e médio? Os brasileiros poderiam ser selecionados através do Spacecamp que atualmente é realizado anualmente pela empresa Acrux Aerospace Technologies em parceria com a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a própria AEB, através do seu Programa AEB Escola.

Pesquisas científicas entre universidades e institutos brasileiros e russos poderiam ser estimuladas na alta atmosfera e em ambiente de microgravidade através de foguetes de sondagem, além da pesquisas em novos materiais, sistemas embarcados, propulsão hipersônica, propulsão espacial nuclear e iônica, entre tantas outras oportunidades.

Enfim leitor, poderíamos estar realizando conjuntamente com russos diversos projetos que mudariam a cara do programa espacial brasileiro dando-lhe um grande impulso, e tudo poderia começar por essa visita de amanhã.

Entretanto, infelizmente do outro lado temos um governo que está mais preocupado com projetos populistas, e com isso temo que essa seja mais uma oportunidade perdida que muito provavelmente cobrará seu preço nos próximos anos.

Duda Falcão

Comentários

  1. Bem, estou um pouco céptico que sairá alguma coisa em favor do programa espacial que já não tenha sido conversado na Rússia. Creio que o setor mais benificiado poderá ser a defesa, mas já me vou preparando para o pior quanto a parte espacial. Esperemos para ver.

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