Medvedev no Brasil e a Costumeira Falta de Visão da Dilma

Olá leitor!

Foi divulgado agora a pouco a Declaração Conjunta da "VI Reunião da Comissão Brasileiro-Russa de Alto Nível de Cooperação", ocorrida durante a passagem por Brasília do Premier Russo Dmitri Medvedev.

Dentre os assuntos abordados está a cooperação espacial e o já conhecido “Programa Ciências sem Fronteiras (CsF)" que pode de certa forma ajudar na formação de novos profissionais para o PEB.

Abaixo segue a transcrição da parte da Declaração Conjunta relativa a cooperação espacial:

“COOPERAÇÃO NA ÁREA ESPACIAL

30. Os Mandatários saudaram a inauguração de estação de referência de correção diferencial do sistema de localização GLONASS no Brasil, no campus da Universidade de Brasília, e a assinatura de contrato entre a Fundação Universidade de Brasília e a "Corporação de Pesquisa Científica e Produção "Sistemas de Medição Precisa" (OAO NPK SPP)” para instalação, uso e pesquisa da Estação Óptica (EO), equipada com Estação de Medição Unidirecional (OWS) MS GLONASS - (Sazhen-TM-OWS) no território da República Federativa do Brasil. Os Mandatários manifestaram disposição em explorar possibilidades de ampliação da participação brasileira no desenvolvimento e uso do sistema de navegação GLONASS, tal como estabelecido no programa de cooperação entre a Agência Espacial Brasileira e a Roskosmos.

31. Os Mandatários saudaram a assinatura do Memorando de Entendimento entre a JSC “Tecnologias Russas da Navegação” e o Município de Goiânia sob a Interveniência da Secretária Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável, que estabelece cooperação entre as duas instituições no âmbito do Projeto “Goiânia Sustentável” e prevê troca de peritos, desenvolvimento de projetos de pesquisa e capacitação.”

Bom leitor, como você mesmo pode notar a pobreza de visão desse governo desastroso relativa às atividades espaciais do país é algo difícil até de ser medido devido ao seu gigantismo. Num momento tão propício de abertura para negociações com os russos, demonstrado por eles no caso das baterias antiaéreas, é inadmissível que não se aproveite esse momento para tentar acordos significativos com essa nação de grande tradição espacial que venham beneficiar realmente o Programa Espacial do país. Não há como negar que a presidente faz jus ao apelido dado a ela, e vai mais além, demonstrando uma vez mais que não é a presidente que o país precisa. Entretanto fica a pergunta: Será que essa pessoa já nasceu? Lamentável!

Caso o leitor queira ver na integra esse documento clique aqui.

Duda Falcão


Fonte: Site do Minitério das Relações Exteriores (MRE)

Comentários

  1. Bem, parece que a Russia ganhou 10 a 0 do Brasil na negociação. O Brasil foi o primeiro país fora da Russia a abrir-se para seu sistema de navegação, o Glonass (o que pode ser uma porta para o resto do mundo - com certeza é um chamariz). O Brasil continuará a exportar comodities, e o máximo que conseguiu foi um acordo na defesa na obtenção de conhecimento em misseis terra-ar com a compra de uma fabrica russa quase falida (talvez a unica grande mais valia, que somente benificiará um setor específico da defesa). Os russos, mais uma vez, vendem suas tecnologias e conhecimentos, e o Brasil só parece dar em troca matéria prima. Lamentável!

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  2. Duda, continuo dizendo, "pressão politica" [lobby?]. Bastou a empreiteira entrar que vemos os sistemas de defesa antiaereo russo realmente entrar em pauta. -- estou torcendo para q compremos e adquiramos, pela primeira vez no mundo, transferencia tecnologica russa -- q é uma das melhores -- nessa area.

    Israel, acredite, pode parece o contrário, mas estamos saindo ganhando -- os russos Não transferem tecnologia para Ninguem. A China nao comprou...

    O problema Duda é q nenhuma empresa d grande porte "necessita" do apoio espacial e a população nao está minimamente preocupado com questoes como tecnologia e soberania nacionais. Estamos num ciclo pernicioso. os cientistas brasileiros precisam dar a "cara para bater" como no caso do Raupp. Ou eles "informam" à força a necessidade tecnologica ou vão continuar saindo do país e trabalhando para a Nasa.

    Abraços

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    1. Se é assim, parece que fui injusto no comentário sobre a tecnologia anti-aéria obtida. Não sei exatamente como está Russia atual frente ao avanço ciêntifico contemporâneo, mas seu legado é enorme e permite-lhe ter muitas cartas na manga diante de negociações bilaterais.

      Defendo a tua idéia sobre o escoamento cientifico do país e a necessidade de, assim como os professores fizeram, pedirem um claro posicionamento do governo.

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  3. A tecnologia Russa na área de defesa em geral, é bem competitiva.

    Teve e tem lá os seus problemas, mas podemos até admitir que em vários itens, se não é a primeira, fica num segundo lugar bem próximo.

    E para as grandes empresas é bem mais fácil vender "defesa" do que tentar vender "acesso ao espaço", considerando as notícias esparsas que temos tido, inclusive no último número da revista T&D, mencionaram a transferência de tecnologia de fabricação de helicópteros.

    Então, acredito que ficou bem claro: é um conjunto de acordos para aumentar o fornecimento de comodities do Brasil para a Rússia, e compra de equipamentos e tecnologia ligados a área de defesa da Rússia para o Brasil.

    E só. Acho que vai passar novamente no jornal de hoje a noite um trecho de entrevista, onde o interlocutor Russo reafirma: se o Brasil pagar bem, a Rússia transfere tecnologias sem problema nenhum.

    Ou seja: só falta decisão política. Eles querem fornecer...

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