Planetário Itinerante Será Implantado no Sertão do Ceará

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (08/01) no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que Projeto de Planetário Itinerante será implantado no Sertão do Ceará.

Duda Falcão

Projeto de Planetário Itinerante
Será Implantado no Sertão do Ceará

Denise Coelho
Ascom do MCTI
08/01/2013 - 17:56

O sertão central cearense está perto de ganhar um planetário itinerante que pretende consolidar o ensino da astronomia nas escolas do ciclo fundamental e médio da região do maciço do Baturité. A proposta do professor Michel Lopes Granjeiro, da área de Formação Docente e do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza e Matemática da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), foi aprovada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). O projeto terá duração de dois anos e tem por objetivo instigar o interesse dos estudantes pela ciência.

Tudo começou, há 15 anos, quando o jovem Michel visitou o Planetário Rubens de Azevedo, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. “Depois disso, comecei a ler sobre o tema e isso despertou em mim um instinto de curiosidade. Desde então, eu pesquiso o cosmo e o universo”, comenta. Aquele adolescente curioso se transformou em físico e hoje, aos 30 anos, tem o título de doutor pela Universidade Federal do Ceará.

O professor da rede estadual de ensino, que atualmente também se dedica à pesquisa no campo astronômico, conta que, desde o momento que conheceu o planetário, passou a sonhar com a possibilidade de levar aquele novo mundo para a sala de aula. “Raramente uma discussão em Astronomia é vivenciada nas escolas. Talvez por falta de conhecimento do próprio professor ou por falta de recursos físicos nos estabelecimentos de ensino”, analisa.

Realidade que o cearense pretende mudar. A ideia com a implantação e o desenvolvimento do projeto é difundir e popularizar a astronomia e as ciências afins entre os estudantes do curso de licenciatura da própria universidade que atua e entre os alunos e professores da rede estadual de ensino.

Equipamentos

Segundo o coordenador do projeto, os R$ 129 mil, a serem disponibilizados pelo CNPq, serão utilizados na compra de equipamentos para compor o planetário, entre eles, o domo (cúpula inflável), um projetor, um telescópio. Outros cinco a dez planetários simples (miniaturas) serão adquiridos para auxiliar professores em sala de aula. A cúpula terá capacidade para atender de 30 a 60 pessoas, ou seja, uma turma de cada vez, e softwares específicos serão utilizados nas apresentações de acordo com o nível de aprendizado dos alunos.

O projeto terá duração de 24 meses. O início das visitas às unidades de ensino se dará, provavelmente a partir de julho, logo após a obtenção dos recursos, a instalação dos equipamentos didáticos e a posterior aquisição dos materiais de divulgação científica e do treinamento da equipe envolvida. “Tenho certeza de que o projeto será muito bem recebido e com festa pelas escolas do interior do Ceará”, prevê.

Além de divulgar a área de conhecimento, Granjeiro planeja contribuir para a formação dos alunos do curso de licenciatura. “Teremos de cinco e dez discentes voluntários que irão com o projeto de escola em escola”, esclarece. “Além de aprender eles vão ensinar para outros alunos.”

Incentivo

Segundo o diretor do Departamento de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ildeu Moreira, o apoio a espaços como os planetários faz parte de um esforço da pasta federal para criar locais que ofereçam condições para estimular a formação de uma cultura científica no país.

O dirigente do MCTI explica que o apoio do ministério é viabilizado por meio de editais, de recursos via fundos setoriais ou emendas parlamentares e, ainda, pelas parcerias com os governos estaduais e municipais. Moreira defende os espaços científicos como grandes aliados para o aperfeiçoamento do sistema de educação.

Segundo ele, embora vários espaços tenham sido criados nos últimos anos, a quantidade de unidades é insuficiente e mal distribuída pelo país. “Algumas partes do Brasil têm pouquíssimo acesso a museus de ciência, planetários, jardins botânicos”, diz. Leia matéria sobre iniciativas de popularização da ciência em 2012.


Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

Comentário: Bom, muito bom mesmo. Parabéns ao professor Michel Lopes Granjeiro, aos cearenses e ao CNPq/MCTI pelo apoio.

Comentários

  1. Grande notícia.

    Provando mais uma vez que, pequenas iniciativas independentes com um mínimo de apoio oficial, dão grandes resultados.

    Ótimo.

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