Segurança - Você Usa Boas Senhas?

Olá leitor!

Segue abaixo um interessante artigo publicado na coluna “Pensando Inteligência” da edição de abril de 2011 do jornal “NOTAER” da Força Aérea Brasileira (FAB), destacando o uso de boas senhas para se obter uma melhor segurança.

Duda Falcão

Pensando Inteligência

Segurança - Você Usa Boas Senhas?

Centro de Inteligência da Aeronáutica

A atividade da inteligência – assessorar as autoridades com conhecimentos oportunos – é baseada em informações sensíveis, cujo vazamento pode causar danos. Isso é verdadeiro em todos os campos do conhecimento, desde a escolha de um possível alvo militar até a estratégia de lançamento de um novo modelo de carro, por exemplo. A proteção desse conhecimento não é apenas resultado do uso de equipamentos de comunicação segura ou da criação de leis e regulamentos. Está ligada ao comportamento de quem tenha acesso a esse conhecimento.

Muitas dessas pessoas desconhecem que o mesmo tratamento que deve ser dispensado aos assuntos sigilosos do trabalho cabe perfeitamente na salvaguarda de sua privacidade de sua família. Enviar uma mensagem, pagar uma conta, falar com um familiar distante, preparar um documento de trabalho. Em todas essas atividades os computadores estão presentes.

As facilidades apresentadas aos usuários são acompanhadas por um alto preço: a cada dia surge um novo sistema, um novo nome de usuário e uma nova senha para memorizar.

A tarefa de criar boas senhas – e depois se lembrar delas – é árdua e, por isso, ignorada por usuários que optam por possuir senhas frágeis, formadas por repetição de caracteres, seqüencias de números, além de utilizarem a mesma senha em diferentes sistemas.

Em 2009, um esquema fraudulento na Internet obteve e divulgou cerca de dez mil senhas do site de correio eletrônico Hotmail. A partir dessas informações, especialistas em segurança concluíram que os usuários utilizam senhas fracas para se proteger, como os 64 usuários que usavam a senha “123456”, bem mais “complexa” que “111111”, utilizada por 10 pessoas.

Além da baixa complexidade da senha, outro problema comum é o uso da mesma senha em vários sistemas. Imagine a seguinte situação: um site de relacionamento é atacado e sua senha é revelada juntamente com seus dados pessoais – como endereços de e-mail, por exemplo. Essas informações obtidas podem ser utilizadas, dentre outras formas, para comprar em sites populares de comércio on-line, para postar comentários em seu nome nas redes sociais, para enviar de e-mails em massa pelo seu provedor, enfim, em diversas situações que podem lhe causar constrangimento e aborrecimento.

Para estar um pouco mais protegido, recomenda-se seguir algumas regras simples para a escolha de uma boa senha: utilize uma senha para cada sistema que acessar; utilize senhas de, no mínimo, oito caracteres – quanto mais, melhor; faça uso de todos os tipos de caracteres, números, sinais, espaços em branco, letras maiúsculas e minúsculas; em vez usar a mesma senha para sistemas diferentes, estabeleça um padrão de formação para suas senhas, reunindo as iniciais de uma frase da qual você se lembre, alternando entre maiúsculas e minúsculas, com o nome do sistema que vai ser acessado como, por exemplo: Frase: Asas que protegem o País/ Sistema: SIAFI/ Senha: Aqp0PSIA; mesmo que o sistema não obrigue, troque a senha regularmente. Escolha sua frase, elabore o seu mecanismo de criação e troque as suas senhas.

A garantia de sua privacidade e a segurança dos sistemas que você utiliza começam no uso de uma boa senha. Lembre-se que uma corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco.


Fonte: Jornal “NOTAER” da FAB - pág. 02 - abril de 2011

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