Satélite SAC-D/Aquarius Deixa o LIT e Segue para os EUA

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (31/03) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o satélite argentino SAC-D/Aquarius já deixou as instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE, rumo a base de lançamento nos Estados Unidos.

Duda Falcão

Satélite Testado no INPE Segue para
Base de Lançamento nos Estados Unidos

31/03/2011

Rumo à base de lançamento nos Estados Unidos, o satélite SAC-D/Aquarius deixou as instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP). Dado o tamanho do satélite e de seus equipamentos de apoio, a operação de transporte do LIT/INPE até o aeroporto da cidade aconteceu em duas fases, entre os dias 25 e 29 de março.

Com o embarque do satélite, fruto de cooperação técnico-científica entre a Argentina e os Estados Unidos, o LIT/INPE encerrou com sucesso uma campanha de testes ambientais e medidas físicas que levou nove meses.

“A experiência e o reconhecimento internacional trazidos por esta campanha beneficiarão os futuros programas de satélites atendidos pelo Laboratório, assim como a todos os que recorrem ao LIT para testar, qualificar e aperfeiçoar seus equipamentos e produtos”, comenta Petrônio Noronha de Souza, chefe do LIT/INPE.

Para atender à campanha de testes do satélite SAC-D/Aquarius, o LIT/INPE ampliou sua capacidade técnica e de gerenciamento. O resultado demonstrou que o Laboratório está apto a receber e testar sistemas de grande porte e complexidade e simultaneamente acomodar e trabalhar em conjunto com um grande número de técnicos e engenheiros provenientes de vários países.

Ao longo da campanha, mais de trezentos profissionais estrangeiros trabalharam nas instalações do LIT/INPE, o único laboratório do gênero no Hemisfério Sul capacitado para a realização de atividades de montagem, integração e testes de satélites e seus subsistemas.

Transporte

Após o acondicionamento do satélite em seu contêiner, preparação de todos os equipamentos de apoio aos testes, e o carregamento das carretas de transporte, o primeiro comboio deixou o LIT às 05h00 do sábado, 26 de março. A primeira aeronave foi então carregada e a decolagem ocorreu ainda naquela manhã, às 11h00, rumo à Vandenberg Air Force Base, base de lançamentos americana localizada no estado da Califórnia.

O segundo comboio partiu do INPE às 05h00 da segunda-feira, 28 de março, sendo que os trabalhos de carregamento da aeronave se prolongaram até às 21h00 daquele dia. Esta aeronave decolou na terça-feira, 29 de março, também em direção aos Estados Unidos. As duas aeronaves fizeram escalas técnicas em Porto Rico.

Para a operação completa de transporte do satélite e seus equipamentos foram necessárias nove carretas, num total de 54 toneladas em equipamentos utilizados no LIT/INPE durante esta campanha. Destas nove carretas, duas seguiram para a Argentina para retornar equipamentos para instalações localizadas em Bariloche e Córdoba. As sete restantes levaram ao aeroporto uma quantidade de contêineres e caixas suficientes para preencher os compartimentos de carga de duas aeronaves modelo C-17 da força aérea americana.

Este volume significativo de equipamentos utilizados na campanha ilustra a dimensão dos trabalhos executados no LIT/INPE durante estes nove meses de intenso esforço.

Fechamento do contêiner de transporte do satélite

Colocação do contêiner de transporte do satélite na carreta

Colocação do contêiner de transporte do satélite na aeronave C-17

Vista da carga já montada na aeronave C-17 (primeiro vôo)

Decolagem da aeronave C-17 (segundo voo)
 
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: E assim segue mais um pássaro argentino pronto para cumprir sua missão orbital em prol da sociedade portenha. Enquanto isso, os pássaros brasileiros continuam sem saber quando poderão cumprir a missão para qual foram projetados e assim poder levar ainda mais alto a bandeira verde e amarela. O blog “BRAZILIAN SPACE” não pode deixar de parabenizar o trabalho do povo argentino e das instituições envolvidas com o programa espacial de seu país, desejando-lhes desde já sucesso no lançamento desse magnífico satélite. Os argentinos, idealizaram, planejaram, coordenaram e realizaram a construção do SAC-D/Aquarius que agora só falta cumprir a sua ultima etapa em solo, o seu lançamento em orbita. Mesmo não tendo os recursos financeiros e de infraestrutura que o programa espacial brasileiro dispõem, o programa de satélites argentino tem demonstrado ser muito mais eficiente a ponto de atualmente em nossa opinião eles serem os lideres dessa tecnologia em toda a América Latina. Entretanto, também não podemos deixar de parabenizar o Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE por mais uma demonstração de sua alta qualificação técnica e tecnológica nesses nove mêses de trabalho com o satélite argentino, esperando que um dia, no mais breve tempo possível, o mesmo possa também está realizando os testes ambientais finais de um satélite brasileiro, mesmo que seja do tamanho de uma caixa de sapato.

Comentários

  1. Putz, agora que reparei no tamanho do "bicho". O Satélite é enorme. Acho que não tem nada comparado do lado brasileiro. Nem sei se os CBERS são maiores que este argentino. Mas em todo caso, parabens a eles. Ainda acredito em uma Agencia Espacial Sul Americana ou Latino Americana, onde o Brasil poderia entrar com Base e laboratório de integração e testes, e recursos humanos.

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  2. Pois é Ricardo, o SAC-D/Aquarius é realmente um satélite pesado. Entretanto, acredito que um pouco menos do que o nosso CBERS-3, que é um satélite que pesa 1450 Kg. A diferença é que não viveu uma trajetória com constantes adiamentos de lançamento como o CBERS-3 e os outro satélites do Programa Espacial Brasileiro. Além disso, os argentinos já iniciaram o projeto de outros dois satélites, da Missão SAOCOM 1. Quanto as suas considerações sobre as agências espaciais, acredito que uma Agência Espacial Latino-Americana seja mais viável, já que incluiria mais países, mais recursos e principalmente o México. Sob a coordenação do Brasil, da Argentina do México, da Venezuela e Chile e a participação de outros países, talvez um dia possamos ter também um "Astronauts Corps" como a ESA.

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  3. El peso del satélite SAC-D/Aquarius es de 1600 Kg.

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