Estudo do Geodesastres-Sul Avalia Enchentes no RS

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (18/08) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Núcleo de Pesquisa e Aplicação em Geotecnologias para Desastres Naturais e Eventos Extremos para a Região Sul do Brasil e Mercosul (Geodesastres-Sul), estabelecido no Centro Regional Sul do INPE, apresentou recentemente os resultados de um estudo para avaliar enchentes no Rio Grande do Sul.

Duda Falcão

Núcleo Geodesastres-Sul Usa Geotecnologias

para Avaliar Enchentes no RS

18/08/2010

O Núcleo de Pesquisa e Aplicação em Geotecnologias para Desastres Naturais e Eventos Extremos para a Região Sul do Brasil e Mercosul (Geodesastres-Sul), estabelecido no Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRS/INPE), em Santa Maria, apresentou recentemente os resultados do estudo que avaliou as inundações que ocorreram Rio Grande do Sul entre setembro de 2009 e janeiro de 2010.


Em parceria com a Coordenadoria Regional da Defesa Civil do Rio Grande do Sul (Redec 3), o Núcleo Geodesastres-Sul do INPE mapeou os efeitos das inundações bruscas e graduais que afetaram mais de 960 mil pessoas e causaram prejuízos de mais de R$ 3 bilhões. “Ficou evidente a vulnerabilidade de diversos municípios gaúchos para enfrentar este tipo de desastre”, diz a pesquisadora Tania Sausen, responsável pelo Núcleo Geodesastres-Sul do INPE.


O trabalho mostra a extensão alcançada pelas águas em trechos ao longo dos rios Jacuí e Ibicuí. Na agricultura, os cultivos de feijão, fumo e principalmente arroz foram os mais afetados na região da Depressão Central e Campanha. “Os reflexos desses prejuízos não foram sentidos somente pelos agricultores, mas geraram outras consequências, como por exemplo o enfraquecimento do comércio local”, comenta a pesquisadora.


O estudo utilizou imagens de satélites e softwares de geoprocessamento gratuitos desenvolvidos pelo INPE. Após a verificação de mais de 300 imagens dos satélites Terra e Aqua, que respectivamente coletam dados nos períodos da manhã e tarde, foram selecionadas aquelas sem cobertura de nuvens, que corresponderam a 28 imagens. O estudo também utilizou dados meteorológicos e de outros instrumentos orbitais, além de fotos de campo fornecidas pela Defesa Civil Estadual.


Os resultados do estudo foram apresentados durante seminário no CRS/INPE no início deste mês, na presença de prefeitos ou representantes de 40 municípios da região de Santa Maria, membros da Redec 3 da Defesa Civil do Estado, professores e pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), num total de 150 pessoas.


“O seminário foi realizado no dia em que se completaram sete meses da queda da ponte sobre o rio Jacuí, na rodovia RS 287, no município de Agudo. Este ponte foi levada pela força das águas em 5 de janeiro durante as inundações, causando a morte de cinco pessoas, entre elas o vice-prefeito de Agudo. A queda da ponte causou grande prejuízos ao estado, uma vez que a RS 287 é uma das principais vias de escoamento da produção agrícola”, conclui a pesquisadora.


Mais informações sobre as atividades do Núcleo Geodesastres-Sul do INPE na página http://www.inpe.br/crs/geodesastres/



Fusão de imagem MODIS e dado SRTM que mostra a inundação no Rio Jacuí


Seminário realizado em parceria com a Defesa Civil do RS



Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

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