Chineses e Brasileiros Revisam Projeto do Satélite CBERS


Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (27/01) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que uma equipe de chineses da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) encontra-se no INPE para a chamada Revisão Crítica do Projeto (CDR) dos satélites CBERS-3 e 4.

Duda Falcão

Chineses e Brasileiros Revisam Projeto do Satélite CBERS

27/01/2010

Equipe da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês) está no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), para a chamada Revisão Crítica do Projeto (CDR) dos satélites CBERS-3 e 4. As atividades serão realizadas nos dias 2 e 3 de fevereiro em conjunto pelos especialistas brasileiros e chineses.

O INPE é o responsável no Brasil pelo Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), parceria iniciada com a China em 1988 e que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra. Segunda geração de satélites desenvolvidos pela parceria sino-brasileira, os CBERS-3 e 4 representam uma evolução dos satélites CBERS-1, 2 e 2B, este último lançado em setembro de 2007.

O Programa CBERS possui quatro principais segmentos, denominados Segmento Espacial – Satélite, Segmento de Controle, Segmento de Aplicações e Segmento do Veículo Lançador. A CDR tratará do primeiro, que consiste no satélite propriamente dito e suas interfaces com os outros Segmentos.

O objetivo da CDR é verificar se o projeto cumpre com os requisitos estabelecidos para o satélite e seus subsistemas, com as devidas margens de projeto, para atestar que a alternativa escolhida pelos engenheiros é correta. É também objetivo da CDR verificar as interfaces do satélite com os demais segmentos.

Modelos

Para chegar a esta etapa do projeto foram projetados, construídos e testados quatro modelos de satélites: Modelo Radioelétrico (RM); Modelo Estrutural (SM), Modelo Térmico (TM) e Modelo Elétrico (EM).

RM - o modelo radioelétrico do satélite possui as características radioelétricas (antenas, formas, superfícies). É construído e testado em campo de antenas para verificar diagramas de radiação e interferências.

SM - o modelo estrutural possui as características mecânicas do satélite, e tem como objetivo verificar se o satélite vai resistir aos esforços mecânicos impostos ao longo de sua vida útil, principalmente os esforços do lançamento. Esse modelo é submetido a testes estáticos e dinâmicos (vibração e acústico).

TM - é construído com as características térmicas do modelo de vôo e é submetido a teste de balanço térmico (TBT) em câmara termo-vácuo. O objetivo deste teste é verificar se todos os equipamentos e subsistemas suportarão as diferenças de temperatura durante a operação em órbita.

EM - o modelo elétrico é construído com equipamentos reais que são montados em uma estrutura representativa do satélite (modelos de engenharia) e tem como objetivo realizar a verificação dos requisitos funcionais de desempenho e a compatibilidade eletromagnética do satélite como um todo.

Os trabalhos dos modelos RM, SM e TM foram realizados no INPE e o do EM na CAST, na China.

Mais informações sobre o Programa CBERS no site www.cbers.inpe.br



Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Comentário: O Programa CBERS é um dos poucos programas de sucesso na área de satélites do Programa Espacial Brasileiro. O desenvolvimento do CBERS 3 e 4 como mostra esta notícia segue o seu cronograma dentro do prazo que culminará com o lançamento do CBERS-3 da China em 2011. É uma pena que o exemplo não seja seguido mais freqüentemente pelas outras áreas do PEB.

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