Um Panorama Sobre o Sistema por Satélites SISCOMIS


Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (13/10) no blog "Panorama Espacial" do companheiro jornalista André Mileski, onde o mesmo apresenta um panorama sobre o “Sistema de Comunicações Militares por Satélites (SISCOMIS)".

Duda Falcão

Panorama Sobre o SISCOMIS

13/010/2009

O Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) foi concebido em 1983 para prover às Forças Armadas um sistema de comunicações estratégicas de alta capacidade, confiabilidade e segurança, atendendo às necessidades da estrutura militar de guerra. De início, o SISCOMIS operava com bandas C dos satélites Brasilsat de primeira geração, sendo que a banda X, de uso exclusivo militar, passou a ser utilizada apenas em 2000, com a rede móvel, composta na época por 9 estações de banda X, sendo 8 transportáveis e uma naval. O sistema conta ainda com estações terrenas localizadas em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro e Manaus.

Desde 2005, o governo passou a dar mais atenção ao sistema de comunicações militares, investindo recursos adicionais para a compra de novos terminais. Atualmente, o SISCOMIS tem mais de 40 terminais em operação, e o objetivo é chegar a 50 já nos próximos anos. Recentemente, foi anunciado novo contrato para a compra de mais terminais (vejam em "Estações para o SISCOMIS"). O SISCOMIS passou a ser bastante demandado com a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH), que tem forte envolvimento das Forças Armadas brasileiras.

O segmento espacial do SISCOMIS está baseado em dois transpônderes em banda X a bordo dos satélites Star One C1 e C2, da Star One, subsidiária da Embratel. Anualmente, o Ministério da Defesa paga em torno de R$ 12,5 milhões pela prestação do serviço, valor que necessariamente deve ser negociado todos os anos, tendo em vista que o contrato é renovado anualmente. O próximo satélite da terceira geração da Star One (a primeira geração foram os Brasilsat A, a segunda os Brasilsat B e a terceira passou a se chamar Star One C), o C3, que está em fase de licitação não contará com um transpônder de banda X.

A capacidade dos dois transpônderes atualmente em órbita permite a operação de em torno de 50 a 60 estações, número que deve ser alcançado em breve, razão pela qual o Ministério da Defesa obrigatoriamente deve considerar alternativas de ampliação. A projeção do governo é que até 2019 seja alcançado o número de 200 terminais em operação no Brasil, quantidade condizente com os objetivos do país de se envolver em outras missões de paz e ter maior relevância no exterior (busca por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por exemplo).

O projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), obviamente, é visto como a alternativa mais lógica para a continuidade e ampliação do SISCOMIS. No painel sobre o SGB do 9º Congresso Latinoamericano de Satélites, o Cel. Paulo Mourão Pietroluongo, gerente da divisão de projetos especiais do Ministério da Defesa informou que o SGB deverá contar com 8 transpônderes de banda X para suprir as necessidades em comunicações militares das Forças Armadas, tendo ressaltado ainda que não está sendo considerada o uso de banda Ka, visto que não há aplicação militar para este tipo de banda no Brasil.

Na América Latina, o único usuário de banda X é o Brasil, mas, segundo Pietroluongo, as Forças Armadas do Chile também estão interessadas em usar a banda.


Fonte: Blog Panorama Espacial - André Mileski

Comentário: Em minha opinião esse sistema por satélites (leia SGB) que o Ministério da Defesa esta implantando é de extrema necessidade e urgência devido ao atual momento que o Brasil está vivendo a nível internacional. Visando com isso que o país possa garantir com total segurança a sua soberania. No entanto, defendo por questão de controle e segurança nacional que esse sistema de satélites seja integralmente militar, ou seja, de uso exclusivamente militar e que se for o caso que seja produzido outro satélite ou sistema de satélites para o uso civil. A meu ver não faz sentido nenhum pagar R$ 12,5 milhões anualmente (creio eu) a empresa Star One, quando se pode investir esse dinheiro no desenvolvimento de um sistema de satélites próprio.

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